Até setembro de 2024, recursos da Companhia destinados a obras de saneamento cresceram 30,7% em relação ao ano passado
DA REDAÇÃO – Consolidada no mercado com uma das maiores empresas de saneamento da América Latina, a Copasa tem registrado em números seu desempenho nos mais de 630 municípios em que atua em Minas Gerais. Entre janeiro e setembro de 2024, a Companhia investiu, incluindo as capitalizações, R$ 1,56 bilhão em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, um aumento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 1,19 bilhão). Esse volume de recursos é recorde na história da Companhia e segue mirando não apenas o atingimento das metas de cobertura estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, mas também a melhoria da eficiência dos serviços prestados. As informações constam no balanço divulgado nesta segunda-feira (4/11) pela Companhia.
Em relação aos serviços de abastecimento de água, apesar de já ter superado o índice imposto pelo Novo Marco Regulatório de 99% de cobertura, a Copasa investiu, de janeiro a setembro deste ano, um grande volume de recursos, cerca de R$ 735,6 milhões, em obras para expandir ainda mais e melhorar o serviço de fornecimento de água, tornando-o mais eficiente no Estado.
Destacam-se neste período obras nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Esmeraldas, Brumadinho, Capelinha, Diamantina, Divinópolis, Esmeraldas, Fronteira, Inhapim, Itamarati de Minas, Montes Claros, Mutum, Nova Resende, Nova Serrana, Patos de Minas, Pouso Alegre, Riacho dos Machados, Ribeirão das Neves, Santa Bárbara, São João Nepomuceno, dentre outros. Os investimentos também foram destinados à melhoria na hidrometração e à redução de perda, com destaque para aquisição de macro e micromedidores de vazão, segundo consta no balanço.
Já para ampliar os serviços de coleta e tratamento de esgoto dos municípios, foram investidos de janeiro a setembro R$ 601,4 milhões de janeiro a setembro deste ano. As principais obras neste período beneficiaram Abaeté, Além Paraíba, Belo Horizonte, Betim, Botelhos, Buritis, Caldas, Campanha, Capelinha, Caratinga, Confins, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Contagem, Cruzília, Divinópolis, Frei Lagonegro, Guaxupé, Ibirité, Igarapé, Januária, Juatuba, Mateus Leme, Mutum, Paracatu, Patos de Minas, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Santana do Paraíso, Santos Dumont, São João Nepomuceno, Sarzedo, Ubá, Visconde do Rio Branco, dentre outros.
Além disso, a Companhia investiu, até o último mês de setembro, R$ 33,4 milhões em desenvolvimento empresarial e operacional e R$ 184,6 milhões em capitalizações. Já para os anos de 2025 a 2028, o Plano de Investimentos da Copasa está sendo revisto e deverá refletir o novo patamar de investimentos que a Companhia tem alcançado em 2024.
Inadimplência e perdas de água
Outros dois pontos se destacam positivamente no balanço financeiro da Copasa. Um deles é a queda na inadimplência, que atingiu o menor índice dos últimos sete anos. A relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado em 12 meses atingiu 2,97% em setembro de 2024 contra 3,07% no mesmo período do ano passado. Esse resultado é decorrente das campanhas de renegociação de débitos, que garantem descontos e facilidades no acerto das cobranças.
A Copasa tem levado as Agências Móveis a diversas cidades do Estado para facilitar o acesso do cliente aos diversos serviços da Companhia, incluindo a renegociação dos débitos, inclusão de famílias de baixa renda na tarifa social, etc. Os canais de atendimento mais modernos, entre outras ações, também contribuem para que o consumidor busque ficar em dia com as contas.
Também houve redução do índice de perdas de água, que passou de 38,9% em setembro de 2023 para 38,4% no mesmo mês deste ano. Essa queda é reflexo dos investimentos da Copasa em tecnologia de ponta e nas ações para o combate ao desperdício nos municípios sob concessão da empresa.
Balanço financeiro
Na segunda-feira (4/11), foi divulgado ao mercado os principais dados financeiros registrados no terceiro trimestre deste ano (3T24). A Companhia fechou o 3T24 com um lucro líquido de R$ 368,3 milhões, 9,3% superior ao lucro líquido ajustado do 3T23.
O balanço do 3º trimestre traz um aumento de 9,6% da receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos cujo valor foi de R$ 1,78 bilhão (contra R$ 1,62 bilhão no mesmo período de 2023). Essa elevação reflete a aplicação de novas tarifas pela Companhia, em função do reajuste tarifário de 4,21%, autorizado pela Arsae-MG e vigente a partir de 1º de janeiro de 2024; e também pelo aumento de 3,5% no volume medido de água e de 3,6% no volume medido de esgoto.
Já os custos e despesas totalizaram R$ 1,21 bilhão no 3º trimestre deste ano (contra R$ 1,14 bilhão no 3T23), apresentando elevação de 6,0%. Referente aos custos administráveis, os gastos de pessoal adicionados dos serviços de terceiros apresentaram elevação de 3,0%. Já a alta dos custos não administráveis (15,7%) foi impactada, principalmente, pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes (46,2%).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do 3T24 totalizou R$725,7 milhões, 13,6% superior ao Ebitda ajustado do mesmo período do ano anterior (R$638,9 milhões), o que demonstra a robustez da Copasa. A Margem Ebitda atingiu 40,5% (contra margem Ebitda ajustada de 38,5% no 3T23).
O lucro líquido societário do 3T24 foi de R$ 368,3 milhões, 9,3% superior ao lucro líquido ajustado do mesmo período do ano anterior, cujo montante registrado foi de R$337,1 milhões. O resultado ajustado do 3T23 desconsidera as reversões extraordinárias e não-recorrentes de R$155,1 milhões, bem como os efeitos decorrentes dessas reversões (basicamente, os efeitos tributários), referentes a acordo celebrado em Ação Coletiva Trabalhista naquele trimestre.
A Dívida Líquida da empresa atingiu R$ 5,15 bilhões em setembro de 2024, enquanto a relação Dívida Líquida/EBITDA atingiu 1,8x contra 1,4x em setembro de 2023. Em julho de 2024, foi concluída a emissão de debêntures simples (19ª Emissão). O montante captado foi de R$1,3 bilhão, sendo que os recursos serão destinados à execução de parte do programa de investimentos da Companhia e à reserva de liquidez.