Nova safra
A entrada no mercado da nova safra brasileira de café 2025/2026, está levando fundos e especuladores a pressionarem as cotações do café em Nova Iorque e Londres. Em nossa opinião, no mercado cafeeiro, os fundamentos permanecem os mesmos: estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos países consumidores, clima irregular e equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. A aproximação do período de inverno no hemisfério sul complica esse cenário.
Nova safra II
A colheita da nova safra brasileira de café 2025/2026 avança em bom ritmo. Os primeiros números das duas colheitas, vão confirmando as previsões de agrônomos e cafeicultores: Uma safra maior para o conilon, quando comparada à de 2024, e a de arábica, menor que a safra atual. Mas é cedo para conclusões mais seguras.
Exportações
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou na última quinta-feira (12), que no último mês de maio foram embarcadas 2.963.201 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 33,34 (1.482.628 sacas) menos que no mesmo mês de 2024 e 4,5% (140.792 sacas) menos que no último mês de abril. Foram 2.400.177 sacas de café arábica (queda de 10,7%, ou 288.165 sacas em relação a abril de 2025) e 202.686 sacas de café conilon (alta de 93,3% ou 97.849 sacas em relação a abril de 2025), totalizando 2.602.863 sacas de café verde embarcadas, que somadas a 356.891 sacas de solúvel (alta de 16,5% ou 50.676 sacas em relação a abril de 2025) e 3.447 sacas de torrado, totalizaram 2.963.201 sacas exportadas em maio último.
ICE
Os contratos de arábica com vencimento em julho próximo na ICE Futures US, em Nova Iorque, oscilaram, sexta-feira (13) 1.350 pontos entre a máxima e a mínima. Bateram em US$ 3,5155 na máxima do dia, em alta de 375 pontos. Fecharam valendo US$ 3,4970 com ganhos de 190 pontos. Na ICE Europe, na sexta-feira, os contratos de robusta para julho próximo, bateram, na máxima do dia, em 4.464 dólares por tonelada, em alta de 67 dólares. Fecharam o pregão valendo 4.438 dólares, com ganhos de 41 dólares.
Estoques
Na última sexta-feira (13), os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram 8.767 sacas. Estão em 846.291 sacas. Há um ano eram de 808.067 sacas, subindo nesse período 38.224 sacas. Subiram nesta semana 25.622 sacas e caíram na semana passada 67.721 sacas. Subiram na semana anterior à passada 1.800 sacas. No mês de maio somaram alta de 74.722 sacas. No mês de abril subiram 43.192 sacas. No mês de março recuaram 35.112 sacas, e em fevereiro caíram 61.994 sacas. No mês de janeiro a queda foi de 112.385 sacas. Em 2025, até esta sexta-feira, dia 13, os estoques certificados pela ICE Futures US, acumulam queda de 133.676 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar caiu, sexta-feira (13), 0,04%, fechando o dia a R$ 5,5410. Encerrou a sexta-feira passada (6) a R$ 5,5690 e a sexta-feira anterior à passada (30/5) a R$ 5,7200. Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE Futures US, fecharam sexta (13) valendo R$ 2.563,17. Terminaram a última sexta-feira (6) valendo R$ 2.637,64 e a sexta-feira anterior à passada (30/5) a R$ 2.591,12.
Mercado físico
No mercado físico brasileiro, aos poucos, cresce o número de negócios fechados com lotes da nova safra 2025/2026. Há interesse comprador para todos os padrões de café. Os trabalhos de colheita do arábica estão com bom ritmo e começam a sair vendas de lotes da nova safra. As vendas de conilon estão mais avançadas, com volume bem maior de negócios fechados. Lotes de arábica da atual safra 2024/2025 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos. Os cafeicultores que detêm esses lotes se recusam a vender nas bases de preços ofertadas atualmente pelos compradores.
Embarques
Até dia 13, os embarques de junho estavam em 712.427 sacas de café arábica, 160.287 sacas de café conilon, mais 80.599 sacas de café solúvel, totalizando 953.313 sacas embarcadas, contra 945.206 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 1.203.084 sacas, contra 1.164.222 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 6, sexta-feira, até o fechamento do dia 13, caiu nos contratos para entrega em julho próximo 835 pontos ou US$ 11,04 (R$ 61,20) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE, fecharam no dia 6 a R$ 2.637,64 por saca, e sexta-feira (13), a R$ 2.637,64. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 190 pontos.