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O Crescente Problema da Automedicação e Suas Consequências Para a Saúde

A automedicação, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), consiste no uso de medicamentos por pacientes para tratar suas próprias doenças ou sintomas sem a orientação de um profissional da saúde qualificado. A disseminação de informações imprecisas ou incompletas sobre medicamentos, muitas vezes por meio da internet, tem levado as pessoas a recorrerem à automedicação. Tal prática pode causar complicações de saúde adicionais ou agravamento das condições pré-existentes, bem como graves danos ao organismo.
Cerca de 80% dos brasileiros têm o costume de realizar a prática da automedicação. Embora o indivíduo tenha a intenção de se cuidar, essa prática pode ser bastante prejudicial, principalmente no que se refere à interação entre os remédios. Além disso, muitas pessoas não têm o conhecimento prévio dos possíveis efeitos colaterais e correm o risco da ocorrência de sintomas temporários que podem mascarar doenças mais graves, além de adiar o seu diagnóstico e tratamento correto.
Todo remédio tem potencial de causar efeitos colaterais e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios do que benefícios ao organismo. As possíveis complicações da automedicação incluem intoxicação, interação medicamentosa, reação alérgica, dependência e resistência ao medicamento. Portanto, é uma prática potencialmente perigosa e pode, ainda, gerar o mau hábito de acumular remédios em casa, culminando em problemas como confusão entre medicamentos, ineficácia do tratamento, ingestão acidental por crianças e ingestão de substâncias após o vencimento.
Antes de ingerir qualquer medicamento, o ideal é consultar um profissional da saúde qualificado, que levará em consideração o diagnóstico correto, seu metabolismo, histórico de saúde e recomendará o tratamento adequado. Ao receber a prescrição médica, certifique-se de seguir as instruções recomendadas, tomando a dose correta e completando todo o curso do tratamento, mesmo que os sintomas melhorem antes. Evite compartilhar seus medicamentos com outras pessoas, mesmo que elas tenham sintomas semelhantes. A automedicação é um atalho perigoso para a saúde. Sempre que possível, busque orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso.

Autora: Nathália Veloso Rabelo Ricarte Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar
Editor Diário de Ipatinga

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