Que sujeito mais antipático! Qual é, afinal, o contrário de Antipatia?
Comecemos pelo lado positivo: O que é, de fato, empatia?
Será que é apenas “sentir o que o outro sente”?
Entretanto, empatia é bem mais do que isso, pois ela nos “CONVIDA” A ENTENDER O OUTRO: as experiências que teve, mesmo quando não as compartilhamos.
Como isso se mostra no mundo real?
Queria começar com exemplos práticos. Com certeza você conhece pessoas que demonstraram esse valor. Mundialmente conhecida, a Madre Teresa de Calcutá é um exemplo muito claro: ela dedicou sua vida aos pobres e doentes. Em circunstâncias desafiadoras, nas favelas da Índia, ela mostrou que empatia NÃO É APENAS OUVIR, MAS AGIR. Ela via o sofrimento alheio e, em vez de se afastar, aproximava-se.
E outro, também muito conhecido: Gandhi! Ele lutou pela independência de seu país com a prática da não-violência, sempre colocando-se no lugar de seus opositores, buscando entender suas dores, mesmo enquanto lutava por justiça.
Na cultura ocidental, pessoas como Martin Luther King Jr. trouxeram a empatia para o centro do movimento pelos direitos civis. Ele defendia que, para superar a segregação racial nos EUA, era necessário enxergar o sofrimento do outro, mas também agir para transformar essa realidade. E na cultura oriental, o Dalai Lama é um grande exemplo de empatia em ação, buscando a paz e a compreensão em meio a conflitos políticos. Ele ensina que o verdadeiro respeito pelo outro começa com a compaixão, que está no coração da empatia.
Agora, pense no ambiente de trabalho. Será que, ao lidar com um colega em crise, conseguimos enxergar o que ele está vivendo antes de julgá-lo? No Japão, há o conceito de “omoiyari”, que significa CONSIDERAR OS SENTIMENTOS dos outros em cada interação. Em momentos de tensão, essa prática cria um ambiente mais harmonioso e cooperativo.
E na educação, como aplicar essa maneira de ver e tratar o próximo?
Maria Montessori, uma pioneira da educação infantil, acreditava que a empatia era fundamental no aprendizado. Para ela, ouvir e entender a criança permitia criar um ESPAÇO ONDE A CRIANÇA pudesse se desenvolver livremente.
Sabemos muito bem que palavras saem facilmente de nossas bocas. Aqui, porém, não é uma questão de ler um livro ou fazer um curso. O “q” da questão é outro: ele está em NOSSA RESPOSTA à pergunta: Estamos vivendo com empatia?
Em época de eleições, mais do nunca vale a pena pensar sobre esse valor humano muito importante. Nossos líderes precisam ter empatia, mas cada um de nós também.
Creio que é hora de seguir o exemplo de pessoas que realmente ouvem, compreendem e agem com compaixão.
Rev. Rudi Augusto Kruger – Diretor, Capelão
Faculdade Uriel de Almeida Leitão