Segurança e Atendimento são eixos prioritários trabalhados na unidade prisional. As áreas se complementam e contribuem para a estabilidade da unidade prisional
MANHUMIRIM – O Presídio de Manhumirim está há quatro meses sob nova direção e neste curto espaço de tempo as melhorias trazidas pela nova gestão já podem ser percebidas por servidores e pela população carcerária da unidade prisional.
Utilizando recursos provenientes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, uma nova e mais ampla sala destinada à enfermaria foi construída. O revestimento cerâmico no chão, a instalação de nova estrutura de suporte, como pia e mobílias, e um projeto que foi pensado para o aproveitamento da luz natural, tornaram o local mais apropriado para o atendimento aos pacientes.
Para o diretor-geral, Antônio de Pádua Pataro Dutra Júnior, a construção do espaço reduz significativamente o número de escoltas até a Unidade de Pronto Atendimento da cidade, já que os atendimentos mais simples passam a ser realizados internamente pelo médico que atende na unidade.
“Anteriormente, os atendimentos médicos ocorriam mensalmente, com uma média de 15. Com a nova enfermaria, serão 10 atendimentos semanais pelo médico e perito judicial, além do atendimento mensal por meio de médico do Programa de Saúde da Família. Esperamos que o atendimento mensal chegue ao número de 60 presos, além dos atendimentos diários dos técnicos de enfermagem”, pontua Pataro.
Na área de segurança foi realizado um alteamento do muro próximo à portaria do presídio, além da aquisição de oito câmeras HD com infravermelho, instalação de pinos limitadores nas portas das celas e barras de algemação para espera de atendimento ou acolhimento.
Agente penitenciário de carreira desde 2014, Antônio de Pádua Pataro Junior é bacharel em Direito assumiu a direção do Presídio de Manhumirim no mês de julho, sendo que anteriormente atuou como diretor adjunto do Presídio de Itabirito e como diretor-geral do Presídio de Mariana.
INVESTIMENTOS
A fórmula, segundo o diretor, é equilibrar os investimentos e esforços tanto na área de segurança como na área de ressocialização. Para ele o foco da nova gestão está na reestruturação da segurança com implementação de procedimentos operacionais, instalação de equipamentos que dificultem fugas e motins, aquisição de materiais de controle de subversão à ordem, instalação do conselho disciplinar e garantia de maior autonomia dos líderes de equipes.
“Uma vez garantida a segurança dos nossos servidores, podemos realizar as medidas de ressocialização e de atendimento da forma apropriada”, relata o diretor.
Na área de atendimento a unidade também obteve conquistas com a estruturação de sala própria para artesanato das custodiadas, por meio de parceria com representantes da Igreja Presbiteriana; implantação de artesanato para o público masculino; e assistência religiosa efetiva por meio de visitas e cultos.